segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Resoluções de ano novo para um planeta mais sustentável

Cuidar do planeta não é uma tarefa difícil, porém, vivemos cercados de pessoas egocêntricas que não pensam no bem estar social e optam por escolhas que podem prejudicar a sociedade e o meio ambiente de forma geral. No entanto, vivemos os dias de hoje pois temos esperança em um futuro feliz e justo para nossas crianças e desta forma, buscamos fazer a nossa parte contribuindo com desenvolvimento sustentável que "procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais" (Relatório de Brundtland).

Nesse sentido, separamos seis resoluções que ano novo que são simples de executar e que podem fazer toda diferença. O mais importante é que todos nós podemos fazê-las:

1. Vá a pé ou de bicicleta à padaria, supermercado ou outros locais.
-Além de fazer exercício físico, ajuda também a economizar com gasolina e reduzir as emissões de CO² geradas por transportes públicos ou particulares;

2. Economize dinheiro.
-Essa ação poderá ajudá-lo a financiar seus futuros sonhos com a economia de dinheiro, reduzir a emissão de resíduos e lixo gerado com objetos desnecessários. Poderá, por exemplo, levar sua própria marmita ao trabalho, ao invés de comprar em um restaurante.



3. Plante árvores.
-Compense suas emissões de CO² calculando sua pegada de carbono e financiando o plantio de árvores, tornando o planeta um lugar mais sustentável.

4. Faça a coleta seletiva.
-A separação dos resíduos é o que torna o processo de reciclagem mais complexo e oneroso, portanto, auxilie esse processo fazendo a separação dos tipos de resíduos em papéis, plásticos, vidros, metais, resíduos orgânicos, resíduos perigosos e resíduos não recicláveis.

5. Economize energia.
-A geração e transmissão de energia elétrica não renovável é um dos maiores causadores de impactos ambientais, portanto, auxilie nessa redução desligando luzes e aparelhos eletrônicos que não estão em uso. Além do mais, ajuda na redução dos custos com energia.

6. Participe de movimentos sociais.
-Além de ajudar na causa, também contribui no processo de conscientização social e ambiental das pessoas envolvidas no processo.

Assim, encerramos o ano de 2012 com boas expectativas para o ano que se inicia, na esperança de que os seres humanos entendam finalmente a mensagem que o Greenpeace vem tentando passar há tempos:


sábado, 1 de dezembro de 2012

Idéias Sustentáveis 4: Árvores de Natal com rolos de papel higiênico

Para comemorar a chegada do mês de Dezembro, trouxe alguns enfeites natalinos elaborados com rolos de papel higiênico. Para garantir a sustentabilidade, sugerimos que sejam reutilizados nos próximos anos no Natal ou em outras datas comemorativas, ou que tenha a destinação final adequada para os materiais. Optou-se por mostrar alguns enfeites natalinos já prontos e o passo a passo de uma pequenina árvore de Natal, tal como seguem. Essas duas primeiras árvores de Natal utilizam rolos de papel higiênico à mostra, no entanto, os rolos foram pintados ou revestidos com papel ou tecido.


A árvore seguinte mostra os enfeites no formato de flores feitos com os rolos de papel higiênico. Na foto à direita, mostra os detalhes. Para dar corpo à árvore, utiliza-se papel TNT na cor verde e outros enfeites tradicionais de Natal.


Guirlanda natalina a seguir foi feita com rolos de papel higiênico pintados de verde e cortados em pedaços tal como pétalas. A seguir foram montados como flores e colocados detalhes vermelhos para dar o toque final.


A seguir, mostra-se o passo a passo de uma árvore de Natal como a estrutura interna feira com rolos de papel higiênico. O pessoal que comenta no blog sempre pede pra mostrar o passo a passo e desta vez, deu pra registrar tudo. Inicialmente, será necessário separar pelo menos 20 rolos de papel higiênico, um metro de papel TNT verde, tesoura, grampeador, cola superbonder ou durex de dupla face e enfeites tradicionais de Natal para enfeitar a árvore. Esta árvore é pequenina, portanto, para quem deseja fazer uma maior, vai precisar de mais rolos de papel higiênico. O primeiro passo é formar as quatro estruturas, sendo a primeira formada por 10 rolos, a segunda por 6 rolos, a terceira com 3 e a quarta com apenas 1 rolo de papel higiênico. Para forma a estrutura é necessário colocar os rolos no formato de círculos e colá-los uns aos outros para que fiquem firmes. Sugere-se fazer o formato com o auxílio de clips e depois grampear os espaços entre os rolos para deixá-los colados, tal como apresentado nas figuras abaixo:



Depois que cada estrutura estiver preparada, esta deverá ser revestida com papel TNT verde. Para isso, utiliza-se também o grampeador para fixar o papel na estrutura. Não precisa de preocupar em deixar perfeito, pois as imperfeições serão disfarçadas com os demais enfeites natalinos. Veja o uso do grampo na fixação do papel TNT e a estrutura da árvore montada abaixo:



Para começar a enfeitar a árvore utiliza-se para cada nível uma volta de frufru (não sei o nome, veja a foto). Isso vai ajudar a disfarçar as imperfeições do papel TNT. Depois de fazer isso em cada nível, vai obter um resultado parecido com este:

















E depois de colocados todos os demais enfeites natalinos, você terá um resultado parecido com este abaixo. Espero que tenham gostado e não se esqueçam de depois reutilizar o material e dar a destinação final adequada. Boas festas e seja sustentável!


Para  mais ideias, clique neste link.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Iniciativa verde: 10 motivos para compesar emissões plantando árvores


1. Reduzir o efeito do aquecimento global. As árvores atuam como coletoras de gás carbônico. Um hectare de novas florestas retém até 6,25 toneladas deste gás ao ano. As árvores podem absorver CO2 a um ritmo de 6 quilos por árvore ao ano. Em 50 anos, uma árvore pode gerar 72 mil reais em oxigênio, pode reciclar água que teria um custo de 84 mil reais e limpará o ar a um valor de 150 mil reais: Um total de quase 300 mil por árvore sem levar em conta outros benefícios adicionais! 
2. As árvores evitam ou reduzem a erosão do solo e a contaminação da água. 

3. Contribuem às correntes subterrâneas e à manutenção dos rios. 

4. As telas naturais feitas de árvores e arbustos, convenientemente plantadas, reduzem significativamente a poluição acústica nos cruzamentos e vias de grande movimento.


5. Servem como sombra. Segundo sua situação, espécie, tamanho e estado, a sombra das árvores pode reduzir os gastos em ar condicionado de edifícios residenciais e comerciais entre um 15 e 50 por cento. As árvores são um meio de "refrigeração" natural que reduz a necessidade da construção de diques, centrais hidrelétricas e nucleares. 

6. As plantações de espécies de rápido crescimento e de rendimento controlado são uma fonte constante de combustível para estufas e usinas. 

7. O manejo controlado de florestas são uma fonte sustentável de madeira. 

8. A sombra das árvores refresca as ruas e os estacionamentos. As cidades são autênticas "ilhas de calor" que costumam registrar entre 5 e 9 graus a mais de temperatura que as zonas ao seu redor. 

9. As árvores e os arbustos de uma zona residencial ou comercial, bem colocados e cuidados, podem aumentar significativamente o valor dos imóveis. 

10. As árvores dão beleza e harmonia a qualquer comunidade. Fazem a vida mais agradável, tranquila  relaxada e supõem um rico legado para futuras gerações.


Gostou? Agora faça a sua parte calculando a sua 'pegada de carbono' e compensando-a plantando árvores. Contribua com o desenvolvimento sustentável  mantendo o planeta habitável para as gerações presentes e futuras. Para colaborar, acesse a Iniciativa Verde ou a Revista Sustentabilidade.

O  Planeta Agradece.


domingo, 25 de novembro de 2012

Estudos de impactos ambientais: iniciativa ou compliance?

A Constituição Federal trata em seu art. 225, § 1º inciso IV, que é incumbido ao Poder Público “exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”. Isso reflete diretamente na Lei nº 11.105/2005 e nas Resoluções CONAMA nº 01 de 1986 e nº 237 de 1997. Dado que na Resolução CONAMA nº 01 de 1986 são utilizadas as terminologias Estudo de Impacto Ambiental e Avaliação de Impacto Ambiental, ambas são consideradas para efeitos de discussão no presente contexto. 

A Resolução CONAMA nº 01 de 1986, na qual dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), assim como no art. 3º da Resolução CONAMA nº 237/1997, afirma que o licenciamento ambiental das atividades modificadoras do meio ambiente tal como dispostas no art. 2º dependerá da elaboração da AIA e do RIMA. 

A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é também um instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, tal como disposto no inciso XVII do art. 8º da Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e é definido como um instrumento de gestão ambiental complementar ao processo de licenciamento ambiental, podendo também ser considerado com instrumento preventivo. Além disso, busca identificar, quantificar e minimizar as consequências negativas sobre o meio ambiente, antes que o empreendimento inicie suas atividades. 

Desta forma, ressalta-se que os estudos de impactos ambientais vão além do atendimento às legislações ambientais, e também podem constituir instrumentos de gestão ambiental sem o qual não seria possível promover a melhoria dos sistemas produtivos em matéria ambiental. O AIA pode apresentar várias funções importantes no processo de gestão ambiental, quais sejam as principais: 
-Subsídio ao poder público na tomada de decisões para a instalação de novos empreendimentos; 
-Realização de controle ambiental; 
-Sensibilização ambiental e expansão da consciência ecológica da sociedade; 
-Viabilização de melhorias na qualidade ambiental, na qualidade de vida e na melhoria da saúde pública. 

Nesse sentido, questionamos às empresas o motivo pelo qual elas elaboram tais estudos acompanhados de seus respectivos relatórios e obtemos os seguintes resultados:

CLIQUE PARA AMPLIAR:

Com base nos resultados, podemos inferir que parte das empresas brasileiras está mais preocupada em cumprir a legislação ambiental, uma vez que o licenciamento ambiental faz parte do cumprimento de uma norma do CONAMA. Em segundo plano, uma parte das empresas mostrou-se preocupada com a avaliação de riscos ambientais inerentes à sua atividade, levando também ao gerenciamento da mesma. Apesar de não ser prioridade, já se apresenta como uma tendência entre as empresas em buscar uma melhoria empresarial por meio da qualidade ambiental.

domingo, 21 de outubro de 2012

A vez dos carros verdes

São Paulo tem o primeiro posto para carros elétricos. A novidade no Brasil traz boas expectativas para o desenvolvimento sustentável, para o mercado automobilístico e para os consumidores de forma geral que buscam formas mais econômicas e mais amigáveis do meio ambiente. Acontece que ainda é muito incipiente no Brasil, e outras questões surgem no sentido de buscar entender a real contribuição dessa novidade, pois na Europa, as emissões dos carros elétricos são iguais aos dos carros convencionais. No Brasil, tais cálculos ainda não foram feitos para concluir tal questão, o que nos gera ansiedade e curiosidade, na expectativa de que seja exatamente o que esperamos.

Por outro lado, já existem campanhas pela isenção de impostos por carros elétricos para que os consumidores tenham maior preferência por aqueles produtos que beneficiem o meio ambiente, assim como os produtores consigam se manter no mercado e repassem preços mais competitivos com os carros populares. Chegou a vez dos carros verdes e a vez do Brasil mostrar potencial em pesquisa e desenvolvimento que contribuem com o meio ambiente e com o bolso do consumidor. Falta-nos perder a fama de país atrasado e de fato contribuir com algo que faça diferença no mundo. O nosso grande problema está em sustentar um aumento de frota de veículos per capita, visto que os impostos e pedágios que pagamos não retornam como investimentos para a malha rodoviária no Brasil...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ideias Sustentáveis 3: Sustentabilidade e Estética

Muitas vezes os produtos verdes ou recicláveis passam a ideia de baixa qualidade ou aparência, principalmente porque não passam por um processo produtivo ganhando maior credibilidade em sua utilidade. Neste post será dada atenção à possibilidade de reutilizar materiais de forma criativa, bonita e elegante, além de ser fácil e prático de realizar. Algumas ideias foram retiradas do Reciclare Creativa.

Para desenvolver as ideias aqui apresentadas, serão necessários materiais tais como latas de refrigerantes, pneus, garrafas pet (2 litros), carretéis, molde para pintura e pratos plásticos. Essas ideias são de dois tipos: decorativas e mobílias. A seguir são apresentadas as ideias decorativas:

1) Vasos elegantes:

2) Quadros pintados

3) Enfeites

4) Mural

As próximas ideias se referem à mobílias, ou seja, reutilizar materiais que seriam descartados para fazer móveis elegantes e confortáveis para sua casa. São fáceis de fazer e você pode decorar com sua própria criatividade. 

5) Puff para apoiar os pés

6) Mesa de centro com espaço para livros

7) Outra mesinha de centro ou mesmo um assento

8)Mesinha/Bar

Espero que tenham gostado desta seleção de ideias sustentáveis e que possam colocar em prática pelo menos uma delas. Eu já estou pensando em fazer os quadros, os vasos e o puff... rsrs. Até o próximo post! 

domingo, 30 de setembro de 2012

Controladoria ambiental

Estive pensando sobre como inserir a questão ambiental e sustentável em uma empresa... Inicia-se com questões simples tais como separar e reduzir os resíduos. Como? Fazendo com que cada funcionário tenha seu próprio copo para reduzir o consumo de copos plásticos, separar papel do resto dos lixos para reciclá-lo. Claro que é uma postura sustentável e reeduca os funcionários de forma que estes repassem para seus amigos e familiares, formando assim uma cadeia sustentável. Mas como poderíamos ser mais ecoeficientes em uma organização? Como proceder com ações que tenham maiores impactos positivos na sustentabilidade e reduções significativas de prejuízos ambientais?

Bem, a resposta é também simples, porém mais complexa de se implantar. Além de inserir a sustentabilidade ambiental e social na missão, visão e valores da entidade, também deverá adotar estratégias ambientais que combinem com os objetivos da empresa. As estratégias são maneiras de alinhar a atividade empresarial com as demandas e necessidades ambientais alcançando o desempenho esperado e ainda reduzindo custos. Podem ser novas estratégias a aquisição de tecnologias limpas, a adoção de produtos que adotem a logística reversa e análise do ciclo de vida dos produtos visando a eficiência produtiva. Após definir estratégias, é necessário estudá-las antes de pô-las em prática. Isso demanda análise detalhada dos recursos e previsão dos resultados. Depois da aprovação, deverá passar para a fase seguinte de execução das estratégias. Essa etapa não é fácil, pois além de demandar a aplicação de recursos da empresas, também é necessária uma mudança na cultura organizacional, inserindo o preparo e a conscientização ambiental junto aos colaboradores da instituição.


Após executá-las, a estratégias ambientais deverão ser analisadas para verificar como está sendo realizado o seu desempenho e se está de acordo com os objetivos proposto alinhados à missão, vissão e valores. Além de considerar as necessidades internas no que se refere a desempenho ecoeficiente e mensuração dessa performance, também deverá atrelar essas informações às demandas de usuários externos, incluindo além de princípios contábeis, societários e fiscais, os indicadores de sustentabilidade tais como os desenvolvidos GRI (Global Reporting Iniciative) e abordado nos relatórios de sustentabilidade das empresas brasileiras de grande porte. Isso significa gerar informações que dêem um feedback para auxiliar no controle e tomada de decisão dos gestores. Essas etapas formam um processo cíclico, no qual a empresa estará sempre atualizando essas estratégias por meio das informações de desempenho geradas e efetuando ajustes quando for necessário.

domingo, 16 de setembro de 2012

Abordagem ambiental nos cursos de ensino superior



A questão ambiental já se encontra institucionalizada em muitos contextos atuais. Desta forma, discute-se sobre a sua abordagem entre vários estratos sociais e políticas públicas e privadas. Questiona-se por exemplo, sobre a inserção da educação ambiental no ensino fundamental, tendo em vista que a conscientização ambiental deve ser observada desde a fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano, para que um dia este seja um adulto consciente dos impactos ambientais de suas ações e decisões.

Sendo assim, observa-se que essa abordagem não se limita somente à educação básica, mas também está muito focada na aplicação no ensino superior, considerando que o profissional também deve saber gerenciar seu campo de trabalho buscando dirimir possíveis impactos gerados ao meio ambiente. Quando falamos de incluir a questão ambiental nas grades curriculares dos cursos de graduação, é fácil visualizarmos sua inserção em áreas profissionais mais propícias a terem essa influência com o meio ambiente como por exemplo nas engenharias, que estão diretamente relacionadas com o uso de recursos materiais e construção pesada.

Todavia, quando tratamos de empresas, precisamos considerar a contribuição de outras áreas também. De que adianta um empresa ter recursos financeiros e tecnológicos se não utiliza isso alinhado com o desenvolvimento sustentável? Surge então a figura dos profissionais que trabalham em um patamar mais estratégico que envolve administradores, contadores, controllers, advogados e economistas, incluídos nas ciências sociais aplicadas. Desta forma, o processo decisório depende de analisar fatores internos e externos à empresa, construindo uma análise de oportunidades e ameaças que circundam a atividade empresarial.

Temos como exemplo de oportunidade a possibilidade de redução da geração de resíduos e o reaproveitamento dos mesmos, o que ajuda a reduzir os custos e até gerar novas fontes de receitas. Como ameaças, temos a pressão social por uma responsabilidade ambiental mais ativa das empresas. Ou seja, aquelas companhias que não acompanham o desenvolvimento sustentável tendem a ser boicotadas por consumidores e a comunidade em geral. Para isso, a empresa deverá também desenvolver fontes de informações ambientais que possam auxiliar no processo decisório e na evidenciação de sua gestão ambiental. Ao considerar por exemplo as particularidades ambientais na contabilidade patrimonial, um gestor tem uma informação sobre as possíveis ineficiências dos processos produtivos e poderá tomar decisões mais eficazes na administração sem desconsiderar o envolvimento de questões ambientais.

Para isso, os profissionais têm que estar capacitados a desenvolverem em suas competências a aplicabilidade ambiental, devendo esta matéria ser considerada também nos cursos de educação superior, proporcionando aos profissionais a preparação suficiente para atuarem em uma gestão empresarial sustentável, buscando alcançar a ecoeficiência, ou seja, alinhando o desempenho econômico-financeiro e ambiental.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Apliquim Brasil Recicle estrutura rede nacional para a descontaminação de mercúrio


Colaborações Especiais

Hoje temos mais uma vez a participação da empresa Apliquim Brasil Recicle que atua especificamente na atividade de descontaminação e reciclagem de lâmpadas fluorescentes. A Apliquim Brasil Recicle atende com real compromisso com os seus clientes e com o meio ambiente. Para conhecer o site da empresa, clique neste link ou acesse http://www.apliquimbrasilrecicle.com.br/

Abaixo segue o artigo que Apliquim Brasil Recicle nos enviou, falando sobre a descontaminação de mercúrio.

Apliquim Brasil Recicle estrutura rede nacional para a descontaminação de mercúrio

Atenta à implementação do Programa Nacional de Resíduos Sólidos e suas novas oportunidades de negócio, a empresa líder em descontaminação e reciclagem de lâmpadas fluorescentes no País fecha parcerias no Pará, Maranhão, Ceará e Minas Gerais – e já negocia com empresas da Bahia.


A Apliquim Brasil Recicle, pioneira na descontaminação e reciclagem de lâmpadas de mercúrio no Brasil, está estruturando a ampliação da sua rede nacional de recolhimento e gestão profissional destes resíduos de olho no futuro: além de garantir a qualidade da reutilização do mercúrio, um tipo de resíduo altamente nocivo à natureza, a empresa líder no setor está pavimentando uma poderosa unidade de negócios e faturamento.


Depois de cobrir todo o Sul do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal com estruturas próprias e parceiros que levam o material às suas plantas industriais em Paulínia (SP) e Indaial (SC), a Apliquim Brasil Recicle acaba de fechar acordos no Pará e no Maranhão, com a Plamax; no Ceará, com a Braslimp; e em Minas Gerais, com a empresa Ecosust. Estes são os primeiros passos do investimento para ampliar a rede de parceiros da companhia, que atualmente já tem entre seus clientes grandes organizações como Globo, Natura, Sadia, Renault, Volkswagen e Philip Morris.

A Bahia é o próximo estado brasileiro a entrar nesta rede, que, além de ser ecologicamente responsável, representa um novo segmento de mercado gerador de receitas. A organização deste sistema está diretamente ligada às práticas da chamada Logística Reversa, um tema que será central na agenda ambiental brasileira nos próximos anos. A Logística Reversa é parte do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que com suas iniciativas possui o potencial de levar a gestão do meio ambiente no Brasil a um novo patamar de excelência.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

De onde vêm e para onde vão as "coisas" que consumimos?


O post de hoje retrata sobre um vídeo que todo mundo deveria assistir. Estamos em uma fase em que o consumismo está sendo bastante encorajado, visto que nossos governantes querem provar que somos um país mais do que "em desenvolvimento". No entanto, de que adianta aquecermos a economia consumindo 'adoidado' se nosso país não tem condições de dar uma destinação ambientalmente adequada à todo aquele lixo que produzimos? Afinal, de onde vêm e para onde vão as "coisas" que consumimos? Vivemos em um planeta em que não existe "lá fora", então temos que jogar esse lixo no nosso próprio planeta, que é a nossa casa também.

A Guru ambiental Annie Leonard explica como funciona o sistema linear do capitalismo, e como isso prejudica o planeta. Ela demonstra em poucas palavras que o sistema passa pela extração, produção, distribuição e disposição, mas o problema maior se encontra nas entrelinhas desta história, onde existe a influência e interesse das grandes corporações e do próprio governo. Assista ao vídeo e dê a sua opinião.

Versão em inglês com legendas em português


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pesquisa: porque as empresas não fazem gerenciamento contábil-financeiro dos resíduos?

Gerenciamento contábil-financeiro de resíduos significa ter um controle quantitativo da geração dos mesmos nas operações da empresa. Isto é uma ferramenta muito importante na gestão ambiental pois possibilita identificar ineficiências do processo produtivo, visto que um aumento da geração de resíduos pode acarretar em custos à empresa e também prejudicar a harmonia dos ecossistemas.

Para isso, trouxemos um dos vários resultados de uma pesquisa realizada com 36 empresas de médio e grande porte no município de Belo Horizonte. Cerca de 42% destas empresas informaram que desconhecem ou não realizam o gerenciamento contábil-financeiro dos resíduos gerados na atividade empresarial. Os motivos que se aplicam a este desconhecimento estão relacionados a seguir:


Verificamos que a maioria destas empresas entende que não há necessidade de aplicar esse tipo de gerenciamento na empresa, representando 44% do total. Essa atitude aparenta um pouco equivocada, já que o gerenciamento contábil-financeiro dos resíduos possibilitaria um controle maior de sua geração, bem como, uma redução nos custos da empresa, potencializando os resultados financeiros.

Por outro lado, encontramos uma falha na divulgação das ferramentas e práticas de contabilidade ambiental que possibilitem tal gerenciamento. Conforme 19% destas empresas, faltam livros e/ou manuais que orientem sobre o assunto e 6% clama por pesquisas acadêmicas que discutam sobre o tema.

No entanto, chama a atenção que 13% afirme que o referido tema ainda é incipiente no Brasil, pois estamos em uma época em que a questão ambiental é amplamente discutida e aplicada no meio empresarial. Destacamos que essas empresas são de médio porte, não havendo referência a nenhuma empresa de grande porte, o que pode significar que o tamanho da empresa pode influenciar nesta questão.

Por fim, constatamos que 19% encontram dificuldades de mensuração das externalidades ecológicas. Ressaltamos que, embora os serviços contábeis e financeiros sejam  específicos de profissionais da área de ciências econômicas (contador, administrador e economista), para se mensurar as externalidades ecológicas é necessário o amparo de um profissional que esteja envolvido diretamente com a produção ou serviço gerado e que tenha a competência necessária, como por exemplo, um engenheiro metalurgista em uma empresa de siderurgia. Possivelmente, essa dificuldade encontrada pode ser justificada pela ausência de um profissional adequado e/ou a falta de integração deste profissional com o setor de contabilidade/financeiro.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Logística Reversa: responsabilidades e investimentos


Colaborações Especiais

A partir de hoje iniciaremos uma seção específica do blog que visa publicar e integrar a colaboração de pesquisadores e entidades que se relacionem com o tema de gestão ambiental. Para o post de hoje, temos a participação da empresa Apliquim Brasil Recicle que atua especificamente na atividade de descontaminação e reciclagem de lâmpadas fluorescentes. A Apliquim Brasil Recicle atende com real compromisso com os seus clientes e com o meio ambiente. Para conhecer o site da empresa, clique neste link ou acesse http://www.apliquimbrasilrecicle.com.br/

Abaixo segue o artigo que Apliquim Brasil Recicle nos enviou, falando sobre a logística reversa especificamente sobre a questão das lâmpadas fluorescentes.

Logística Reversa: responsabilidades e investimentos

Conforme indica seu nome, a Logística Reversa será responsável por fazer chegar um produto pós-consumo ou um resíduo industrial ao seu ponto final de tratamento, reciclagem e retorno à utilização. Trata-se de uma nova maneira de encarar a vida útil de um bem de consumo, criando um ciclo completo de utilização destes bens. O Brasil consome, por exemplo, cerca de 200 milhões de lâmpadas fluorescentes com mercúrio por ano, mas, atualmente, somente cerca de 14 milhões são recicladas. 


Além da responsabilidade ambiental que representa (apenas no caso das lâmpadas fluorescentes, uma única unidade pode contaminar 15 mil litros de água), a Logística Reversa como um todo passa a representar uma nova forma de geração de receita. Serão necessárias empresas especializadas na gestão de todos os tipos de resíduos e retornos de produtos industriais às fábricas - uma oportunidade que já tem chamado a atenção de empresas da Europa e da Ásia para investimentos no Brasil. Ao estruturar esta rede profissional de parceiros, a Apliquim Brasil Recicle está se antecipando a um cenário legal inevitável trazido pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, onde a empresa tem cadeira cativa no grupo temático do setor onde atua. 

"Estamos trabalhando neste momento no mapa de expansão de parcerias e cobertura nacional, pois a logística reversa de lâmpadas é um dos temas mais transversais à sociedade: da maior companhia ao cidadão mais humilde, todos lidam com lâmpadas fluorescentes que precisam ser destinadas ao tratamento correto", observa o biólogo, mestre em Engenharia Ambiental e diretor da ABR, Eduardo Sebben. "Até 2020, esta sistemática deverá ter uma participação representativa em todo o setor", acrescenta o empresário.



terça-feira, 24 de julho de 2012

Sustentabilidade na Administração Pública


Quando tratamos de sustentabilidade, sempre recorremos à responsabilidade sócioambiental das empresas, pois estas são grande consumidoras de recursos e geradoras de resíduos no meio ambiente. No post passado tratamos da responsabilidade das instituições financeiras, visto que são obrigadas a elaborarem políticas de responsabilidade socioambiental por força legal (Banco Central). No entanto, essa cobrança por ações mais sustentáveis devem ser expostas a todos os estratos sociais, incluindo o âmbito governamental. Nesse sentido, questiona-se sobre como a Administração Pública tem se posicionado com relação às questões relacionadas com a sustentabilidade.

Destaca-se então o Decreto Federal nº 7.746 de 5 de junho de 2012 que estabelece critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela administração pública federal. Isso faz com que o próprio Governo considere a questão sócioambiental, bem como as empresas que queiram participar dos processos licitatórios públicos. O Decreto regulamenta o art. 3o da Lei no 8.666/93, que trata sobre licitações:A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável [...]”.

O objetivo do Decreto é tornar as compras governamentais sustentáveis, dando preferência aos chamados “produtos verdes”, criados em processos de fabricação sustentáveis. Essa questão é de grande relevância, não só pela visão sustentável, mas também pela a econômica, já que atualmente, as compras do governo representam 16% do Produto Interno Bruto (PIB). Dessa forma, o referido Decreto especifica as diretrizes de sustentabilidade a serem consideradas no processo licitatório (art. 4º):
 üMenor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água;
 üPreferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;
 üMaior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia;
 üMaior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local;
 üMaior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra;
 üUso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e
 üOrigem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e obra

Por fim, foi instituída a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (CISAP) com o objetivo de trabalhar junto à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação na proposta de critérios e práticas de sustentabilidade nas aquisições, contratações, utilização dos recursos públicos, desfazimento e descarte, dentre outras questões.

Outra importante participação da CISAP é na elaboração de estratégias de sensibilização e capacitação de servidores para a correta utilização dos recursos públicos e para a execução da gestão logística de forma sustentável, pois, assim como visto no post sobre implantação de Sistemas de Gestão Ambiental, é também necessário adotar uma cultura sustentável na entidade incorporando valores aos funcionários e colaboradores. Desta forma, também são elaborados planos de incentivos para órgãos e entidades que se destacarem na execução de seus Planos de Gestão de Logística Sustentável. Espera-se assim que o poder público também faça a sua parte aderindo às questões sustentáveis e contribuindo com o meio ambiente e a sociedade.

domingo, 22 de julho de 2012

Finanças Sustentáveis?

Quando se trata de desenvolvimento sustentável, é válida a seguinte reflexão: será que todos os estratos sociais, governamentais e empresariais contribuem para o alcance desta questão? Na verdade, existe muita conversa e pouca ação, mas está cada vez mais comum encontrar regulamentos que normatizam sobre a incorporação de preceitos de responsabilidade socioambiental nas operações de algumas entidades.

Desta forma, destaca-se o sistema financeiro nacional que a princípio, não produz forte impacto ambiental direto, no entanto, as instituições financeiras estão sujeitas a riscos de crédito e de mercado na medida em que as suas atividades de financiamento se relacionam com empresas e seus respectivos projetos, que envolvem, necessariamente questões relativas à sustentabilidade ambiental empresarial, aos quais precisam ser adequadamente administradas.

Nesse sentido, surge o Protocolo Verde (2009), no qual as instituições signatárias se comprometem a estabelecer linhas de crédito e programas com condições diferenciadas de financiamento estimulando assim a criação de facilidades creditícias para pequenos negócios que buscam implantar processos de Sistema de Gestão Ambiental como a ISO 14001.

Além do Protocolo Verde, recentemente o presidente do Banco Central Alexandre Tombini trouxe à tona a discussão de que todas as instituições financeiras autorizadas a funcionar no Brasil ficarão obrigadas a elaborarem políticas de responsabilidade socioambiental, assim como abordou novas regras para a divulgação de relatórios de responsabilidade socioambiental dessas mesmas instituições. Além da obrigação legal, os bancos têm outro motivo para aderirem a essa questão: o risco socioambiental de tomadores de crédito pode levar no médio ou longo prazo tais entidades a serem acionadas por órgão ambientais ou serem boicotadas por campanhas sociais negativas que comprometam suas operações físicas e financeiras.

Para isso, alguns bancos já têm linhas de crédito especiais para financiamento da sustentabilidade sócioambiental das empresas tomadoras de crédito. Dentre as condições operacionais, se destacam menores taxas de juros, maiores prazos, limites e garantias. Desta forma, as instituições financeiras têm um papel importantíssimo na busca pelo desenvolvimento sustentável, visto que são financiadoras de projetos que geram impactos ambientais e sociais.

domingo, 15 de julho de 2012

Sistemas de Gestão Ambiental - O caso da ISO 14001


O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) se refere ao conjunto de procedimentos internos voltados à prevenção e controle dos impactos ambientais gerados pela atividade, bem como a recuperação do meio ambiente degradado. Considerando que o planeta já não tem a capacidade de repor todos os recursos que são consumidos pela sociedade, esta é uma questão que deve ser considerada por todas as empresas, visto que são grandes consumidoras destes recursos e são pressionadas pela sociedade por uma postura mais responsável.

Desta forma, existem diretrizes para a implantação do SGA, sendo a norma ISO 14001 a mais conhecida internacionalmente. No entanto, para as empresas que desejam adquirir a certificação ISO 14001, existem diversos requisitos as quais necessitam observar, inclusive, passar por auditorias ambientais para constatação in loco. Por outro lado, embora tenham inúmeros requisitos a serem observados para se obter a certificação, existem diversos benefícios que superam essas questões quando se conquista a marca ISO 14001, como por exemplo:
  ü  Melhor capacidade para lidar com riscos ambientais;
  ü  Melhoria dos processos de produção;
  ü  Melhor posicionamento competitivo;
  ü  Melhoria da resposta às pressões do público e grupos ambientalistas;
  ü  Proteção da empresa, de sua gestão e acionistas em caso de ação judicial;
  ü  Melhores oportunidades financeiras.

     Vale destacar que uma das principais dificuldades em implantar um sistema de gestão ambiental em uma empresa é integrar todos os colaborados em prol de novos princípios e valores baseados no desempenho ambiental da empresa, mantendo o compromisso com o novo sistema. No entanto, uma vez alcançada essa integração, isso reflete de forma positiva na imagem da empresa, uma vez que pode ajudar no relacionamento da entidade com seus clientes, funcionários, shareholders e o próprio Governo.
     
    Para obter a norma ISO 14001 é necessário adquiri-la pelo site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como sendo representante oficial da ISO no Brasil. Infelizmente, a norma não é disponibilizada gratuitamente, custando R$324,00 para pessoas físicas, o que desencoraja a sua adoção. Destaca-se ainda que, após implantado o SGA, a empresa necessita estar sempre se atualizando quanto às legislações ambientais, bem como seus processos que impactam o meio ambiente, pois para obter o sucesso, é necessário que tenha o caráter de melhoria contínua.

A norma ainda é baseada na metodologia PDCA (plan-do-check-act) que se refere às ações de planejar, executar, verificar e agir, conforme visto na Figura a seguir:


De acordo com a Figura e a própria norma, deve-se inicialmente fazer um 1) planejamento por meio de estabelecimento de objetivos e processos necessários de acordo com a política ambiental da organização, posteriormente são 2) executados os processos e 3) verificados por meio de monitoramento e medição de acordo com os objetivos e metas, para finalmente, 4) agir para continuamente melhorar o desempenho do SGA. A empresa tem liberdade e flexibilidade para implementar o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) para toda a organização ou para unidades operacionais ou atividades específicas. Embora seja essa uma norma aplicável a qualquer tipo de organização, o nível de profundidade e complexidade do SGA, a amplitude da documentação e a quantidade de recursos alocados dependem da natureza da atividade e do porte da organização.