Quando se trata de desenvolvimento sustentável, é válida a seguinte reflexão: será que todos os estratos sociais, governamentais e empresariais contribuem para o alcance desta questão? Na verdade, existe muita conversa e pouca ação, mas está cada vez mais comum encontrar regulamentos que normatizam sobre a incorporação de preceitos de responsabilidade socioambiental nas operações de algumas entidades.
Desta forma, destaca-se o sistema
financeiro nacional que a princípio, não produz forte impacto ambiental direto,
no entanto, as instituições financeiras estão sujeitas a riscos de crédito e de
mercado na medida em que as suas atividades de financiamento se relacionam com
empresas e seus respectivos projetos, que envolvem, necessariamente questões
relativas à sustentabilidade ambiental empresarial, aos quais precisam ser
adequadamente administradas.
Nesse sentido, surge o Protocolo Verde (2009), no qual as instituições signatárias se comprometem a estabelecer linhas
de crédito e programas com condições diferenciadas de financiamento estimulando
assim a criação de facilidades creditícias para pequenos negócios que buscam
implantar processos de Sistema de Gestão Ambiental como a ISO 14001.
Além do Protocolo Verde,
recentemente o presidente do Banco Central Alexandre Tombini trouxe à
tona a discussão de que todas as instituições financeiras autorizadas a
funcionar no Brasil ficarão obrigadas a elaborarem políticas de
responsabilidade socioambiental, assim como abordou novas regras para a
divulgação de relatórios de responsabilidade socioambiental dessas mesmas
instituições. Além da obrigação legal, os bancos têm outro motivo para
aderirem a essa questão: o risco socioambiental de tomadores de crédito pode
levar no médio ou longo prazo tais entidades a serem acionadas por órgão
ambientais ou serem boicotadas por campanhas sociais negativas que comprometam suas operações físicas e financeiras.
Para isso, alguns bancos já têm
linhas de crédito especiais para financiamento da sustentabilidade
sócioambiental das empresas tomadoras de crédito. Dentre as condições
operacionais, se destacam menores taxas de juros, maiores prazos, limites e
garantias. Desta forma, as instituições financeiras têm um papel
importantíssimo na busca pelo desenvolvimento sustentável, visto que são
financiadoras de projetos que geram impactos ambientais e sociais.
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