Gerenciamento contábil-financeiro de resíduos significa ter um controle quantitativo da geração dos mesmos nas operações da empresa. Isto é uma ferramenta muito importante na gestão ambiental pois possibilita identificar ineficiências do processo produtivo, visto que um aumento da geração de resíduos pode acarretar em custos à empresa e também prejudicar a harmonia dos ecossistemas.
Para isso, trouxemos um dos vários resultados de uma pesquisa realizada com 36 empresas de médio e grande porte no município de Belo Horizonte. Cerca de 42% destas empresas informaram que desconhecem ou não realizam o gerenciamento contábil-financeiro dos resíduos gerados na atividade empresarial. Os motivos que se aplicam a este desconhecimento estão relacionados a seguir:
Verificamos que a maioria destas empresas entende que não há necessidade de aplicar esse tipo de gerenciamento na empresa, representando 44% do total. Essa atitude aparenta um pouco equivocada, já que o gerenciamento contábil-financeiro dos resíduos possibilitaria um controle maior de sua geração, bem como, uma redução nos custos da empresa, potencializando os resultados financeiros.
Por outro lado, encontramos uma falha na divulgação das ferramentas e práticas de contabilidade ambiental que possibilitem tal gerenciamento. Conforme 19% destas empresas, faltam livros e/ou manuais que orientem sobre o assunto e 6% clama por pesquisas acadêmicas que discutam sobre o tema.
No entanto, chama a atenção que 13% afirme que o referido tema ainda é incipiente no Brasil, pois estamos em uma época em que a questão ambiental é amplamente discutida e aplicada no meio empresarial. Destacamos que essas empresas são de médio porte, não havendo referência a nenhuma empresa de grande porte, o que pode significar que o tamanho da empresa pode influenciar nesta questão.
Por fim, constatamos que 19% encontram dificuldades de mensuração das externalidades ecológicas. Ressaltamos que, embora os serviços contábeis e financeiros sejam específicos de profissionais da área de ciências econômicas (contador, administrador e economista), para se mensurar as externalidades ecológicas é necessário o amparo de um profissional que esteja envolvido diretamente com a produção ou serviço gerado e que tenha a competência necessária, como por exemplo, um engenheiro metalurgista em uma empresa de siderurgia. Possivelmente, essa dificuldade encontrada pode ser justificada pela ausência de um profissional adequado e/ou a falta de integração deste profissional com o setor de contabilidade/financeiro.
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