A questão ambiental já se encontra institucionalizada em muitos contextos atuais. Desta forma, discute-se sobre a sua abordagem entre vários estratos sociais e políticas públicas e privadas. Questiona-se por exemplo, sobre a inserção da educação ambiental no ensino fundamental, tendo em vista que a conscientização ambiental deve ser observada desde a fase de crescimento e desenvolvimento do ser humano, para que um dia este seja um adulto consciente dos impactos ambientais de suas ações e decisões.
Sendo assim, observa-se que essa
abordagem não se limita somente à educação básica, mas também está muito focada
na aplicação no ensino superior, considerando que o profissional também deve
saber gerenciar seu campo de trabalho buscando dirimir possíveis impactos
gerados ao meio ambiente. Quando falamos de incluir a questão ambiental nas
grades curriculares dos cursos de graduação, é fácil visualizarmos sua inserção
em áreas profissionais mais propícias a terem essa influência com o meio
ambiente como por exemplo nas engenharias, que estão diretamente relacionadas
com o uso de recursos materiais e construção pesada.
Todavia, quando tratamos de
empresas, precisamos considerar a contribuição de outras áreas também. De que
adianta um empresa ter recursos financeiros e tecnológicos se não utiliza isso
alinhado com o desenvolvimento sustentável? Surge então a figura dos profissionais
que trabalham em um patamar mais estratégico que envolve administradores,
contadores, controllers, advogados e economistas, incluídos nas ciências sociais
aplicadas. Desta forma, o processo decisório depende de analisar fatores
internos e externos à empresa, construindo uma análise de oportunidades e
ameaças que circundam a atividade empresarial.
Temos como exemplo de oportunidade
a possibilidade de redução da geração de resíduos e o reaproveitamento dos
mesmos, o que ajuda a reduzir os custos e até gerar novas fontes de receitas.
Como ameaças, temos a pressão social por uma responsabilidade ambiental mais
ativa das empresas. Ou seja, aquelas companhias que não acompanham o
desenvolvimento sustentável tendem a ser boicotadas por consumidores e a
comunidade em geral. Para isso, a empresa deverá também desenvolver fontes de
informações ambientais que possam auxiliar no processo decisório e na
evidenciação de sua gestão ambiental. Ao considerar por exemplo as
particularidades ambientais na contabilidade patrimonial, um gestor tem uma
informação sobre as possíveis ineficiências dos processos produtivos e poderá
tomar decisões mais eficazes na administração sem desconsiderar o envolvimento
de questões ambientais.
Para isso, os profissionais têm
que estar capacitados a desenvolverem em suas competências a aplicabilidade
ambiental, devendo esta matéria ser considerada também nos cursos de educação
superior, proporcionando aos profissionais a preparação suficiente para atuarem
em uma gestão empresarial sustentável, buscando alcançar a ecoeficiência, ou
seja, alinhando o desempenho econômico-financeiro e ambiental.
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