terça-feira, 15 de maio de 2012

Responsabilidade Ambiental: sustentabilidade ou estratégia competitiva?

Está na moda falar sobre sustentabilidade, mas essa tendência surgiu principalmente da problemática ambiental em que o planeta já não tem mais capacidade de repor os recursos que são explorados no meio ambiente. Considerando isso, o Relatório de Brundtland* (1987) criou o conceito de desenvolvimento sustentável que “significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”.

Nesse sentido, tem-se as organizações industriais como principais exploradoras de recursos naturais, visto que necessitam de largas escalas de materiais para atender a demanda de seus produtos e serviços. Essas são as mesmas que podem ter uma participação importante na contribuição do desenvolvimento sustentável, já que são as instituições com grande visibilidade social e recursos financeiros. No entanto, muitas destas buscam consultorias ambientais, não somente para atender às legislações ambientais, mas principalmente para parecerem ambientalmente responsáveis, mesmo que não sejam.


Sabe-se que investimentos ambientais são bastante onerosos, todavia, não comprometem financeiramente as grandes corporações, e muitas vezes podem se tornar estratégias competitivas entre empresas do mesmo setor, já que consumidores tendem cada vez mais a buscarem produtos e serviços que sejam sustentáveis ou pelo menos que tenham menor impacto ambiental. Explorando tais ideias, questiona-se em que ponto uma ação sustentável empresarial pode se tornar uma estratégia competitiva, e por outro lado, em que situações uma estratégia competitiva é somente uma estratégia de marketing ambiental. Ainda assim, como a sociedade pode identificar tais situações para que as reais ações sustentáveis sejam de fato reconhecidas?



*Relatório de Brundtland - Our Common Future, 1987.

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