Nos dias 8 e 9 de junho ocorreu o Congresso Nacional de Excelência em Gestão no Rio de Janeiro, fazendo parte da Agenda 21 da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, o qual o tema do evento foi a Sustentabilidade Organizacional no contexto da Rio+20. O congresso contou com a participação de diversos pesquisadores, docentes e empresários que se reuniram no sentido de discutir a sustentabilidade organizacional na prática, se destacando a apresentação do professor da UFRJ Rogério do Valle que abordou questões relacionadas à construção de uma economia verde.
Nesse sentido, cabe inicialmente definir o que vem a ser a economia verde, conceito este trazido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como “aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica”. É tratada também em uma definição mais simples como "uma economia de baixo carbono, eficiente em uso de recursos e socialmente inclusiva". O referido conceito tem gerado discussões na medida em que reflete em outra definição já solidificada que é o desenvolvimento sustentável. Para umas pessoas, economia verde substitui o desenvolvimento sustentável pois este não é operacionalizável. Mas se por um lado entendem que pode trazer a noção de desenvolvimento sem crescimento, não sendo possível incorporar grandes saltos tecnológicos pela escassez de aplicação de recursos, por outro lado, outros entendem que o crescimento econômico tende a se neutralizar uma vez que criam-se pressões adicionais sobre os ecossistemas.
Bem, deixando essas questões conceituais à parte, vamos falar da operacionalização da economia verde nas organizações. De acordo com o professor da UFRJ, a forma mais eficiente de uma empresa atingir um desempenho financeiro e ambiental é por meio da análise do ciclo de vida dos produtos, na qual é “uma técnica que avalia o desempenho ambiental de bens e serviços, desde a obtenção dos recursos naturais até a disposição final”. Ou seja, a preocupação não se limita somente à redução dos recursos usados nos processos produtivos, mas principalmente sobre a destinação final deste produto no meio ambiente. Partindo deste ponto, o próximo post vai tratar especialmente sobre a análise do ciclo de vida, destacando-se o gerenciamento do ciclo de vida do produto e suas relações com o meio ambiente. A relevância do tema se baseia principalmente na questão da disposição final dos produtos, pois do ponto de vista do planeta, não existe como jogar lixo fora, porque não existe “fora”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário!