Existe uma falsa expectativa de que todos os investimentos
em meio ambiente impactam negativamente na rentabilidade das empresas, no
entanto, é necessário avaliar os tipos de ações ecológicas que são consideradas
nessa perspectiva. Empresas com menor volume de recursos também podem ser
sustentáveis e ainda alavancar seus resultados seja pela redução dos custos,
seja pela atração de consumidores mais ambientalmente conscientes.
Na visão de Vellani e Ribeiro (2009)*, existem ações
ecológicas empresariais (AEE) internas e externas, sendo que as internas atuam
sobre os próprios resíduos da empresa como forma direta de resgatar a harmonia,
contribuindo para uma ecoeficiência empresarial. Já as externas, atuam de forma
para resgatar a harmonia por meio de outros elementos. A figura abaixo expõe um
esquema dessas ações ecológicas empresariais (AEE), evidenciando quatro
direções para as AEE internas, quais sejam:
I – Substituir insumos não-renováveis por renováveis,
reciclados ou retirados de forma ecológica, reduzindo os insumos consumidos
pela produção;
II – Transformar os resíduos em insumos;
III – Transformar resíduos em produtos/subprodutos;
IV – Cumprir responsabilidades contratuais, neutralizarem o
efeito tóxico do resíduo e coletarem de forma seletiva o lixo.
De forma geral, as direções mais voltadas para redução e
reaproveitamento dos resíduos contribuem com a redução dos custos ou aumento de
outras receitas aumentando a ecoeficiência empresarial. Por outro lado, as AEE
externas tais como fornecer educação ambiental à comunidade, participar de
projetos voltados para algum processo de reciclagem, recuperar e preservar
áreas, contribuem de forma indireta para resgatar a harmonia entre os elementos
e não têm potencial para aumentar a ecoeficiência do negócio, no entanto,
participam de forma significativa na melhoria da imagem da empresa e atrai
consumidores e investidores mais sustentáveis.
*VELLANI, C. L. RIBEIRO, M. S. Sistema contábil para gestão
da ecoefi ciência empresarial. Revista Contabilidade & Finanças, USP, São Paulo, v. 20, n. 49, p. 25-43, janeiro/abril 2009.
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