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terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
Ações Ecológicas Empresariais
Existe uma falsa expectativa de que todos os investimentos
em meio ambiente impactam negativamente na rentabilidade das empresas, no
entanto, é necessário avaliar os tipos de ações ecológicas que são consideradas
nessa perspectiva. Empresas com menor volume de recursos também podem ser
sustentáveis e ainda alavancar seus resultados seja pela redução dos custos,
seja pela atração de consumidores mais ambientalmente conscientes.
Na visão de Vellani e Ribeiro (2009)*, existem ações
ecológicas empresariais (AEE) internas e externas, sendo que as internas atuam
sobre os próprios resíduos da empresa como forma direta de resgatar a harmonia,
contribuindo para uma ecoeficiência empresarial. Já as externas, atuam de forma
para resgatar a harmonia por meio de outros elementos. A figura abaixo expõe um
esquema dessas ações ecológicas empresariais (AEE), evidenciando quatro
direções para as AEE internas, quais sejam:
I – Substituir insumos não-renováveis por renováveis,
reciclados ou retirados de forma ecológica, reduzindo os insumos consumidos
pela produção;
II – Transformar os resíduos em insumos;
III – Transformar resíduos em produtos/subprodutos;
IV – Cumprir responsabilidades contratuais, neutralizarem o
efeito tóxico do resíduo e coletarem de forma seletiva o lixo.
De forma geral, as direções mais voltadas para redução e
reaproveitamento dos resíduos contribuem com a redução dos custos ou aumento de
outras receitas aumentando a ecoeficiência empresarial. Por outro lado, as AEE
externas tais como fornecer educação ambiental à comunidade, participar de
projetos voltados para algum processo de reciclagem, recuperar e preservar
áreas, contribuem de forma indireta para resgatar a harmonia entre os elementos
e não têm potencial para aumentar a ecoeficiência do negócio, no entanto,
participam de forma significativa na melhoria da imagem da empresa e atrai
consumidores e investidores mais sustentáveis.
*VELLANI, C. L. RIBEIRO, M. S. Sistema contábil para gestão
da ecoefi ciência empresarial. Revista Contabilidade & Finanças, USP, São Paulo, v. 20, n. 49, p. 25-43, janeiro/abril 2009.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Smartphones e o impacto ambiental
Que os smartphones são aparelhos bastante úteis, não tenho dúvidas, mas o que ninguém sabe é o volume de recursos naturais que são consumidos para a fabricação de um único aparelho, sem contar ainda com o problema da disposição adequada desses aparelhos quando não funcionam mais, o que normalmente ocorre em um curto espaço de tempo.
Segundo estudo feito pela consultoria ambiental Trucost para a ONG Friends of the Earth, publicado pela Exame.com, a produção de um smartphone genérico demanda nada menos do que 18 metros quadrados de terra e 12.760 litros de água (o equivalente a cerca de 160 banhos pelos cálculos da ONG). Dois quintos do impacto da água devem-se à poluição nas fases de fabricação e montagem de componentes, e outra parte para a produção de embalagens. A "pegada da terra" leva em conta as áreas de exploração de materiais utilizados para fabricar o aparelho e suas embalagens.
Não serei hipócrita em pedir que as pessoas não comprem mais smartphones, mas não consigo entender pra que comprar novos modelos quando o atual ainda funciona perfeitamente. De que adianta a empresa se declarar tão sustentável e incentivar um consumo desnecessário e prejudicial ao meio ambiente? É o mesmo sentido que beber refrigerante diet para não engordar e bebê-lo com batata fritas... Sobre o descarte desses aparelhos, vamos discutir posteriormente...
Imagem: Blog da Engenharia
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Consumo e a insustentabilidade
Por que consumimos tanto? Por que somos insaciáveis quanto a
roupas, equipamentos eletrônicos, bolsas, sapatos, carros e outros itens que
muitas vezes são substituídos por outros mais caros, mais bonitos, mesmo que os
antigos ainda estejam em perfeito uso? Por que nos deixamos ser influenciados
por modismos vistos em novelas, propagandas e em pessoas famosas? Será que não
somos pessoas felizes e achamos que encontraremos a felicidade comprando esses
itens?
Passamos muitas vezes a vida trabalhando pesado, abrindo mão
do nosso tempo livre com amigos e família, para ganharmos mais dinheiro e não
termos tempo para gastá-lo com coisas que realmente nos faz felizes, pois não
acredito que esse consumismo garanta felicidade. Ir ao shopping, comprar
diversas roupas e sapatos quando já tem um guarda-roupa cheio de itens novos e
ainda dizer que não tem roupa para sair?
Já parou para pensar que seus hábitos de consumo
desencadeiam um processo muito maior do que sua visão limitada do fim da cadeia
de consumo? Imagine quantos recursos naturais são destruídos, quanto trabalho
escravo é usado, quanto gás carbônico é produzido e quanto as grandes
corporações lucram com seus hábitos de consumo? Enquanto que em regiões
subdesenvolvidas não tem sequer o que comer, o que você consome em uma tarde no
shopping poderia alimentar uma família inteira durante uma semana ou mais.
Fonte imagem: OPA
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