Enquanto passamos por uma crise hídrica e elétrica no Brasil, porque não ouvimos falar em fontes de energia alternativas, tais como a solar e eólica? Nosso país tem grande potencial no desenvolvimento dessas fontes, no entanto, é necessário mais investimentos.
Apesar disso, a energia eólica é considerada hoje como a fonte que mais cresce no Brasil. Na primeira semana do mês de janeiro, a energia eólica atingiu a marca de 6 gigawatts (GW) de potência instalada e uma participação de 4,5% na matriz elétrica brasileira.
No final de 2012, o Brasil dispunha de uma capacidade instalada de 2,5 GW. Em apenas dois anos, a potência instalada do país mais que duplicou com a instalação de 3,5 GW. Os dados são do último boletim do setor, divulgado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
Até 2018, a expectativa é que a participação da energia eólica na matriz energética brasileira salte para 8%, com a contratação e instalação de pelo menos 2 GW de potência a cada ano. E para 2023, a eólica deve atingir 22,4 GW de potência instalada, conforme avalia a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Silva Gannoum.
Em outras palavras, os 6 GW representam para o país mais de 90 mil empregos gerados, 10 milhões de residências abastecidas mensalmente e 5 milhões de toneladas de emissões de CO2 evitadas.
Portanto, não reclame quando o vento bagunça os seus cabelos ou levanta a sua saia, pois é fonte de energia e alternativa válida para a nossa atual crise energética e hídrica. Crise sim, pois os recursos são mal utilizados e o sistema não é apropriado para seu gerenciamento no Brasil.
Fonte: Exame
Foto: Canoa Quebrada, Ceará, Brasil